terça-feira, 29 de setembro de 2009

simone cassas


finalmente o auto retrato....
são paulo
brasil

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

porque o auto-retrato?

foi criado um site na internet cujo nome é futuris.me, nele podem ser colocados textos, imagens e vídeos, programados para serem enviados no futuro, mesmo depois da morte de quem os enviou. a idéia é deixar uma "herança emocional’' para posteridade.
temos a necessidade de marcar presença, de não sermos esquecidos. temos também a obsessão de registrar tudo, desde o nascimento, os primeiros passos, todos os acontecimentos festivos, as viagens, etc. e de olhar para cada um desses momentos com espanto de sempre como se olhasse-mos para um estranho.
no auto-retrato estará sempre implicada a pergunta 'quem sou eu'? rousseau no livro primeiro de confissões escreve: “dou começo a uma empresa de que não há exemplos, e cuja execução não terá imitadores. quero mostrar aos meus semelhantes um homem em toda a verdade da natureza, e serei eu esse homem”.poderá um homem mostrar toda sua verdade sem se idealizar?
qual é a indagação do artista ao se auto-retratar? o que ele pode tirar dos volumes, superfícies e traços do seu próprio corpo ou face? na observação da própria forma, pode-se compreender algo além de sua superfície? tudo o que somos, nos afeta ou é experimentado por nós estará manifesto na parte exterior do nosso corpo? é possível uma narração visual da própria vida como expressão de uma interioridade?
dentro desse universo, imagino o auto-retrato ou o falar de si mesmo, considerada uma obsessão do artista contemporâneo, uma forma de afirmação de presença, ou melhor, um registro dela. é a memória de estar visível entre coisas visíveis. é a prova de estar incluído no mundo, e não isolado dele. ou talvez toda essa questão faça parte do que Fhilippe Lejeune chama de a “ilusão de eternidade”.(1)
1 Leonor Arfunch “El espacio biográfico” , pág. 33.

auto-retrato


eu mesma
faz tucumã
jaú