domingo, 29 de março de 2009

ausência

na relação entre o eu e o outro fica evidente a questão da identidade, a questão da máscara versus o disfarce, a questão da proximidade e distância; e finalmente, a questão da ausência como um conceito correlato a sua representação. a imagem fotográfica já tem como assunto intrínseco a ela, a ausência, uma vez que trata de algo que foi fixado num instante ou num determinado tempo e local, um “isto foi”.

2 comentários:

pedro paulo disse...

helena não sei se você lembr do texto...
[quanto mais próximo se está do destino, mais se sente o tempo que falta para atingi-lo]


Diante da parede de Helenas vivenciamos um estranho sentimento....
A acumulação de pinturas apresentadas reúne dados sobre o objeto representado, e suas pequenas diferenças não as distanciam mas estabelecem um jogo de aproximações.
Apesar das diferenças individuais de uma certa parte retratada, estão lá também as semelhanças que fazem daquela parte uma parte do ser retratado.
Só que, dados relativos ao processo, também estão lá e participam deste jogo.
Então, além dos objetos apresentarem o estranhamento inerente ao fato de haver espelhamento em parte das pinturas expostas, há também o fazer da pintura dando novos dados ao jogo.
As aproximações com o real estão lá, mas lá estão também os "maneirismos" da pintura que acabam aproximando esta "Helena" de uma helena pintura...
O interessante desde jogo é perceber o quanto conseguimos nos manter fieis a imagem desta Helena que conhecemos diante de todas as Helenas retratadas

pedro paulo disse...

helena tem texto novo no http://dropsdepedro.blogspot.com/
desenvolvi melhor o que penso do seu trabalho de retratos, veja lá